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Coluna – Flamengo, Palmeiras e os demais

03/09/2019
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cesar grafietti

O futebol brasileiro tem 12 grandes clubes: os quatro de São Paulo (Corinthians, Palmeiras, Santos e São Paulo), os quatro do Rio de Janeiro (Botafogo, Flamengo, Fluminense e Vasco), os dois de Minas Gerais (Atlético e Cruzeiro) e os dois do Rio Grande do Sul (Grêmio e Internacional). Ao menos foi como a gente aprendeu. Mas daqui a pouco não será mais assim.

E quem diz isso é o consultor César Grafietti, um dos principais estudiosos do futebol brasileiro e autor das últimas análises financeiras sobre nossos times que disputam a Série A do Campeonato Brasileiro. Recentemente ele publicou um estudo com 340 páginas, em que confirma a “espanholização” do nosso futebol, mas não por conta das cotas de TV, mas sim porque alguns clubes perceberam, antes dos demais, que uma boa gestão seria a melhor saída. Ele deu uma entrevista ao programa “No Mundo da Bola”, da TV Brasil, e deixou bem claro que, no futuro, a rivalidade regional, por tradição, ainda vai existir, mas a que vai prevalecer será a nacional, por competição.

E eu explico. De acordo com o estudo, Flamengo e Palmeiras estão alguns patamares acima dos demais. O Palmeiras pela injeção de dinheiro de um dirigente e pela gestão de um estádio com apoio de um patrocinador forte; o Flamengo pela mudança de filosofia na gestão, com o apoio de sua grande torcida. Comparados com clubes europeus, o Palmeiras seria o PSG, com um dono; o Flamengo, um Real Madrid, com um grupo mais sustentável.

Abaixo deles viriam os clubes paulistas, mineiros e gaúchos. Reparem, nenhum carioca. E por quê? Ele mesmo explica – as dívidas do Botafogo afetam qualquer tentativa de administração; uma folha de pagamento elevada afeta as receitas do Fluminense, que ainda consegue alguns recursos vendendo atletas da base; e as dívidas do Vasco e a falta de resultados o afastaram do principal bloco dos clubes nacionais.

Isso afeta o Flamengo? Sim e não. Sim, porque enfraquece a rivalidade local, que em breve ficará restrita apenas à tradição. E não, porque o calendário do futebol brasileiro caminha para valorizar, cada vez mais, as competições nacionais. E esse raciocínio pode ser ampliado para os demais estados.

Mas você vai dizer: o futebol brasileiro não se restringe a esses 12, e é verdade. O estudo de Grafietti também aponta que Bahia, Ceará, Fortaleza, Goiás, Avaí e Athletico-PR fazem boas administrações e merecem elogios. Mas dificilmente vão competir em nível nacional com clubes de alcance mais amplo, fazendo com que predominem, isso sim, em seus estados.

E aí está o segredo do negócio chamado futebol. Saber onde pode ir, no que pode investir e em que competição vale a pena lutar. Para Grafietti, a pressão do torcedor não pode mais obrigar o dirigente a contratar sem controle, nem conhecimento. Cada clube, incluindo aqueles 12 lá de cima, vai precisar definir as metas em cada competição e entender que não dá pra ser campeão em algumas. Como já acontece na Europa, que, queiramos ou não, deve ser o nosso referencial. Para se manterem vivos, os clubes vão precisar atravessar esse caminho, que ele chama de “longo e doloroso”, em especial para os torcedores mais apaixonados. Mas sem isso, a marca não será suficiente para mantê-los vivos.

O clube-empresa é a saída. E cada clube brasileiro terá um formato, ou com um dono único ou com acionistas, para os que têm torcidas maiores. O investidor local terá de aprender com o estrangeiro, que já conhece esse novo negócio. Por isso, o dinheiro vindo lá de fora, por quem já investe em futebol, também será muito bem-vindo.

E quanto ao que dissemos lá no começo, fica o recado, para você ir se acostumando – em pouco tempo, teremos apenas de cinco a seis grandes clubes, como na Inglaterra. Curiosamente, o país que inventou o futebol.

Edição: Sergio du Bocage

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Termos encontrados Agência Brasil, Economia, Esporte, Estado da Bahia, Estado de Goiás, Estado de Minas Gerais, Estado de São Paulo, Estado do Ceará, Estado do Rio de Janeiro, Estado do Rio Grande do Sul, Futebol, Governo Federal, Região Centro-Oeste, Região Nordeste, Região Sudeste, Região Sul
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