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MPs do Mercosul se comprometem a atuar em conjunto para combater crime organizado e punir delitos ambientais

26/08/2019
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Cooperação Internacional

23 de Agosto de 2019 às 19h10

MPs do Mercosul se comprometem a atuar em conjunto para combater crime organizado e punir delitos ambientais

Declaração de Salvador, firmada nesta sexta (23), alerta para desmatamento na Amazônia e reafirma importância das ECIs na região

MPs do Mercosul se comprometem a atuar em conjunto para combater crime organizado e punir delitos ambientais

Foto: Pedro Gabriel

Os chefes e representantes dos Ministérios Públicos do Mercosul e de países associados firmaram, nesta sexta-feira (23), um conjunto de compromissos para combater o crime organizado, a corrupção, a lavagem de dinheiro e os delitos ambientais na região. A Declaração de Salvador prevê a atuação coordenada entre os membros e associados do grupo, sobretudo, por meio de Equipes Conjuntas de Investigação (ECIs) em matéria penal, para frear a prática de ilícitos e o financiamento de organizações criminosas. No documento, os MPs também se comprometem a adotar medidas enérgicas necessárias para investigar, processar e punir os crimes ambientais, a exemplo das queimadas que estão ocorrendo na Amazônia.

“Esse compromisso reforça a importância dos MPs da região trabalharem de forma independente e autônoma, para assegurar uma persecução penal justa e o combate à criminalidade, em todos os países do grupo”, afirmou a procuradora-geral da República, Raquel Dodge. O documento também prevê o fortalecimento da investigação patrimonial, com o objetivo de identificar e confiscar os instrumentos e produtos dos delitos, além de frear o financiamento de atividades ilícitas. A declaração e os planos de trabalho conjunto foram definidos após três dias de debates na 26ª Reunião Especializada de Ministérios Públicos do Mercosul (REMPM), realizada na capital baiana. O objetivo do encontro, realizado a cada seis meses, é definir estratégias de atuação e soluções para problemas comuns enfrentados pelos países da região.

93e1effc 0f70 49d0 a311 007dee693518Equipes Conjuntas de Investigação –
Durante o evento, as procuradoras-gerais de Brasil e Paraguai também assinaram o acordo cooperativo para a implantação de duas Equipes Conjuntas de Investigação (ECIs). Os grupos serão formados por procuradores dos Ministérios Públicos dos dois países, permitindo a troca direta de informações e o compartilhamento de provas em investigações que envolvem crimes complexos e transfronteiriços. O acordo define a estrutura e os integrantes das equipes, o plano de ação operacional, os prazos e o cronograma de trabalho previsto para a ação.

Uma das equipes vai apurar crimes de tráfico internacional de drogas e de armas, homicídio e outros crimes cometidos por organização criminosa que atua em municípios fronteiriços. A outra ECI investigará suposto esquema de tráfico de pessoas e de órgãos, além do aliciamento para atuar na venda de drogas, em muitos casos, em condições análogas a de escravidão. Para a procuradora-geral do Paraguai, Sandra Raquel Astigarraga, a formalização dessas ECIs é uma atuação pioneira nos dois países e vai “potencializar a luta contra o crime organizado”.

“Hoje é um momento histórico para os MPs do Brasil e do Paraguai, pois vai permitir a atuação conjunta dentro dos marcos legais de cada país e a troca célere de informações. É um passo importante para a maior eficiência no combate à criminalidade transnacional”, complementou a PGR brasileira. O documento firmado permite a incorporação às equipes de autoridades policiais dos dois países. A criação dessas ECIs servirá de parâmetro para que os MPs de Brasil e Paraguai possam formar equipes conjuntas com outros Estados da região.

Lavagem de dinheiro – No painel que debateu medidas para o combate à lavagem de dinheiro, os participantes defenderam ser fundamental o acesso a informações levantadas pelos órgãos de controle financeiro dos países do grupo. Nesse sentido, Raquel Dodge lembrou que é extremamente complicado processar um crime de lavagem de ativos sem as informações que indicam o trajeto do dinheiro, como as apresentadas nos relatórios do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).

A secretária de Cooperação Internacional (SCI) da PGR, Cristina Romanó, lembrou que a cooperação entre o MP e o Coaf foi fundamental para o sucesso de investigações de combate à corrupção como a Lava Jato. ”Recentemente, o Supremo Tribunal Federal suspendeu todas as investigações em andamento que tenham como base dados do Coaf. Isso vai desestruturar todas as investigações em andamento com base nesses relatórios”, afirmou.

Para a diretora da Assessoria Jurídica do MP do Paraguai, Patricia Doria Argaña, as estruturas criminais usam métodos de ocultação que tornam muito difícil detectar a origem e o titular do dinheiro. “A unidade de investigação financeira é uma ferramenta vital para rastrearmos os ativos. Ter essa informação de forma espontânea, sobre uma situação que nos permita aprofundar a investigação, é muito importante”, completou.

O PGR da Argentina, Eduardo Ezequiel Casal, defendeu que mapear o trajeto do lucro do crime organizado e identificar suas fontes de financiamento são passos essenciais para impedir a continuidade das organizações criminosas. “É preciso perseguir os delitos geradores do financiamento para combater os crimes em todas as frentes”, afirmou.

Ao fim do debate, Raquel Dodge informou que a PGR desenvolveu o sistema Simco, que acompanha como os colaboradores estão cumprindo as obrigações pactuadas em acordos firmados com o MPF. O Simco ajuda a acompanhar o caminho dos valores ressarcidos por eles até que sejam efetivamente devolvidos às vítimas. “A ferramenta já está sendo usada em meu gabinete e será posta à disposição dos procuradores do Mercosul. Podemos, em breve, compartilhar mais esta experiência com os países sulamericanos”, afirmou.

Íntegra da Declaração de Salvador

Termos encontrados Combate ao Crime Organizado, Drogas, Estado da Bahia, Justiça, Lava Jato, Ministério Público Federal, Polícia, Região Nordeste, Supremo Tribunal Federal
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