Dezenas de alunos de escolas das redes municipal e estadual, além de moradores do bairro do Japiim, prestigiaram nesta quinta-feira, 28/11, o primeiro dia de demonstrações do projeto “Pavulagem Científica na Lagoa”, realizado pela Prefeitura de Manaus, em parceria com o Laboratório de Plâncton do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), no Parque Municipal Lagoa Senador Arthur Virgílio Filho, no Japiim, zona Sul. A mostra acontece até esta sexta-feira, 29.
Os participantes tiveram oportunidade de tirar dúvidas e aprender com professores e alunos do curso de mestrado em Biologia de Água Doce, do Inpa, sobre as pesquisas realizadas com a água do lago e a atual condição do manancial.
A subsecretária municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade, Aldenira Queiroz, presente à atividade, destacou a importância da parceria entre Prefeitura de Manaus e o Inpa. “O instituto está tão perto de nós e, com certeza, é motivo de satisfação para a instituição trazer o resultado das pesquisas desenvolvidas pelo laboratório ao conhecimento da população, e nada mais interessante do que permitir esse acesso a um público formado por estudantes de diferentes faixas etárias e moradores das redondezas do parque”, afirmou a subsecretária.
Nesta quinta, a mostra foi visitada por alunos e professores da escola municipal José Wanemberg Ramos Leite e do Centro Municipal de Educação Infantil (Cmei) João Barbosa, além da escola estadual Professora Ondina de Paula Ribeiro.
Além dos estandes com os experimentos científicos, os participantes puderam também conferir uma apresentação teatral voltada para alunos do jardim ao quinto ano. “A parceria vai resultar em algo muito positivo para a comunidade, porque a pesquisa vem contribuir para um possível melhoramento da qualidade da água”, observou o gestor do parque, Diego Pacheco.
Segundo ele, a lagoa, que foi alvo de críticas no passado, passou a ter uma atenção especial na gestão do prefeito Arthur Virgílio Neto e mudou muito a partir da implantação da Estação de Tratamento de Efluentes (ETE) existente no local. “A ETE, inaugurada em 2017 pelo prefeito Arthur Neto, permitiu trazer de volta a população para o parque, que hoje não tem o odor de antes”, comentou.
Oportunidade
A gestora Neila Travessa Gonçalves, da escola municipal José Wanemberg Ramos Leite, considerou importante o aprendizado proporcionado às crianças. “Parabenizamos pela iniciativa dessa parceria porque hoje estamos aqui vendo na prática o desenvolvimento de uma pesquisa e sendo um pouquinho cientistas também, uma oportunidade e tanto, sem falar que esse é um trabalho excepcional”, afirmou Neila, lembrando que os alunos da escola pertencem à comunidade e utilizam o parque para brincar, precisando, portanto, entender o que é necessário para a revitalização do espaço.
O coordenador da pesquisa, Edinaldo Nelson dos Santos Silva, destacou que o projeto foi concebido com a finalidade de explicar a atividade de pesquisa feita na lagoa. “Essa é uma ação de divulgação científica sobre a pesquisa, que tem como objetivo suprir uma curiosidade das pessoas, explicar o que está acontecendo, como a lagoa chegou ao estado atual e o papel de cada um de nós, cidadãos, nesse processo de mudança”, afirmou. Ainda segundo ele, a pesquisa tem como meta identificar microorganismos que ocorrem naturalmente na água da lagoa e trabalhar no cultivo dos mesmos, usando nutrientes existentes no próprio lago, em escala experimental.
“Os resultados são promissores e estamos verificando se podemos melhorar mais rapidamente a água da lagoa e em outros mananciais da cidade, que sofrem em função da forma desordenada de ocupação dos espaços e tem apenas uma pequena parte dos esgotos tratada”, afirmou o cientista.
Fotos – Arlesson Sicsù / Semmas
Disponíveis em – https://flic.kr/s/aHsmJFbocH
