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Projeto de portabilidade da conta de luz é elogiado em comissão

13/08/2019
Projeto de portabilidade da conta de luz é elogiado em comissão
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Projeto de portabilidade da conta de luz é elogiado em comissão

O Projeto de Lei do Senado (PLS) 232/2016, que prevê a portabilidade da conta de luz, é um dos mais importantes para a recuperação da economia, de acordo com o senador Marcos Rogério (DEM-RO). O parlamentar, presidente da Comissão de Serviços de Infraestrutura (CI) e relator do projeto, fez a afirmação na audiência pública realizada pela comissão nesta terça-feira (13). A expectativa do setor é de que o projeto seja aprovado até o fim do ano no Congresso.

Na reunião, foram ouvidos representantes dos produtores independentes, dos comercializadores, dos grandes consumidores, dos distribuidores e dos investidores em autoprodução de energia. Essa foi a primeira de uma série de audiências que a comissão fará para avaliar o PLS 232/2016. O projeto, aprovado pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) e pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) no ano passado, terá decisão terminativa na CI, o que significa que seguirá diretamente para a Câmara dos Deputados, caso não haja emenda para análise do Plenário.

A proposta altera o modelo comercial de energia elétrica no país com a intenção de, progressivamente, permitir que os pequenos consumidores possam optar por fazer parte do mercado livre, hoje restrito a grandes consumidores de energia. A ideia é que, a longo prazo, ocorra com o setor elétrico o mesmo que aconteceu com o setor de telefonia. No caso dos consumidores residenciais, por exemplo, a relação com as distribuidoras será mantida apenas para o serviço de distribuição, e a liberdade para a compra se dará no caso da comercialização de energia com a geradora. Para isso, a proposta altera seis leis e a Medida Provisória (MP) 2.227/2001.

Os participantes da audiência ressaltaram os vários aspectos do mercado de energia elétrica e elogiaram o texto do atual projeto, modificado na CAE. Segundo eles, foi resultado do consenso a que se pôde chegar diante da complexidade do tema. Entre os aspectos com que todos concordaram está o fato de que o setor é de interesse do país, e rico em diversidade de fontes, apesar dos altos preços da tarifa. Para o presidente do Instituto Acende Brasil, Claudio Sales, as normas de regulação da energia no Brasil não acompanham as modificações que a área sofreu ao longo dos anos.

— Vivemos num círculo vicioso, que começa com um desalinhamento entre o que foi concebido e o que foi contratado ou realizado em termos de oferta de energia; a judicialização decorrente de tudo isso; a centralização e socialização dos prejuízos, sempre o consumidor pagando a conta no final; a ausência de incentivos por eficiência; falta de gestão de riscos. É um círculo vicioso que, para ser rompido, requer que se dê autonomia para que os consumidores possam gerir seus próprios riscos – opinou.

O presidente executivo da Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel), Reginaldo Almeida de Medeiros, afirmou que o PLS 232/2016 transcende o interesse do governo, pois é de interesse do Estado. Segundo Reginaldo, a maioria dos países aderiu à liberdade no mercado de energia, pois isso estimula a competitividade das indústrias.

— Todos os outros países andaram no sentido do mercado livre. Nós percebemos que o Brasil está na rabeira da abertura do mercado. Na Europa todo o mercado é aberto, todos os consumidores, inclusive residenciais, têm direito de escolha; na Austrália, Nova Zelândia, Estados Unidos…aqui mesmo na América Latina, em diversos países – afirmou.

De acordo com o presidente da Associação Brasileira de Grandes Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Livres (Abrace), Paulo Pedrosa, hoje a indústria brasileira paga mais caro do que a da Inglaterra, a americana, a paraguaia, devido também ao preço elevado da energia. Ele ressaltou a importância de se retirarem subsídios a determinados setores de energia quando deixarem de necessitar de recursos.

— Caminhamos para um paradoxo da energia barata e da conta final cara. Esse é o nosso grande problema. Não está propriamente na energia. Está em encargos, subsídios, cotas, reservas de mercado, esqueletos do passado, que são pagos, ineficiências, impostos e taxas implícitos e explícitos na conta, que superam a metade do que os brasileiros pagam nas suas contas de energia – explicou.

Quando o projeto passou pela CAE, o relator, senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), em seu substitutivo, acabou com os subsídios dados a fontes especiais de energia e os descontos para os consumidores do atual mercado livre. Tais subsídios e descontos são financiados pela Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), encargo que vem na conta de luz dos pequenos consumidores brasileiros, o chamado mercado cativo.

Outro ponto discutido na audiência foi a separação da compra da energia e do lastro. O lastro é o nome que se dá ao que é pago pela potência da geradora, e não pelo que de fato produz, e que diminui, portanto, os riscos da geração. Atualmente, ele é pago em conjunto com a energia elétrica, na mesma conta. Os expositores foram favoráveis a essa separação.

Os senadores Esperidião Amin (PP-SC) e Lucas Barreto (PSDB-AP) levantaram problemas relacionados respectivamente a pequenas empresas distribuidoras de energia, que não entram no mercado livre, e formas de ressarcir o Amapá das destruições provocadas pela instalação de hidrelétricas. Os expositores e o relator, senador Marcos Rogério, afirmaram que esses temas estão sendo tratados em outros projetos que tramitam na Casa e disseram que o ideal seria não alterar muito o texto do PLS 232/2016, já que foi difícil se chegar a um consenso.

O senador Styvenson Valentin (Podemos-RN) questionou se essa liberdade de mercado no setor elétrico não prejudicará mais ainda o consumidor. Os participantes responderam que será preciso um ambiente de competição saudável e também a confiança na atuação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). O relator do projeto, senador Marcos Rogério, questionou se a iniciativa legislativa vai ajudar a melhorar a gestão do risco hidrológico. Os expositores explicaram que o projeto trata do risco não hidrológico, mas que o PL 3.975/2019 aborda essa questão.

Nesta quarta-feira (14), a CI realiza uma nova audiência pública sobre o tema, em que receberá, entre outros, representantes do Ministério de Minas e Energia (MME) e da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL).

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Termos encontrados Cidadania, Defesa do Consumidor, Economia, Energia, Estado do Amapá, Infraestrutura, Justiça, Legislação, Medidas Provisórias, Região Norte do Brasil, Senado Federal, Serviços, Tecnologia, Tributação
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