O deputado Sinésio Campos (PT) manifestou a necessidade de comprovação de segurança, pelo Governo Estado, e inexistência de risco aos alunos, professores e servidores das redes públicas estadual, municipal e, mesmo privada, no âmbito do estado do Amazonas, vinculadas à Secretaria de Estado de Educação (Seduc) e à Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti-AM) para a retomada das atividades escolares do ano letivo de 2020. “Como professor entendo que a retomada de aulas presenciais não deve ser objeto de interesses políticos, colocando em risco os alunos, professores, servidores e, até mesmo as famílias destes”.
A preocupação foi manifestada na Sessão ordinária, em plataforma virtual, realizada pela Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), na manhã desta quinta-feira (18).
O deputado disse que apesar de ter apresentado propostas para o rodízio de alunos nos estabelecimentos de ensino público e a obrigatoriedade de realização de testes diagnósticos para coronavírus (Sars/Cov-2) aos professores e funcionários de instituições de ensino (escolas) públicas e privadas do Estado, antes do reinício das atividades durante a vigência do estado de calamidade pública decorrente da pandemia da Covid-19, reconhece e está solidário à preocupação dos professores de não reiniciar as atividades agora nesse momento, principalmente sem comprovação de que há segurança para essa retomada do ano letivo.
Sinésio Campos também afirmou reconhecer que, apesar de instituições anunciarem, a redução no número de óbitos em Manaus, a curva da pandemia continua em ascensão registrando novos casos na capital e nos municípios do Estado. “Dados da Fundação de Vigilância em Saúde (FVS) apontam que Manaus já registrou 24.089 casos e os municípios 35.458, totalizando 59.549 pessoas infectadas. Destes 2.579 óbitos. Portanto a ameaça continua. É preciso levar em conta que estes dados estão subdimensionados, o que significa que os números certamente devem ser mais altos”, calcula.
Diante dos riscos de elevação do contágio, o parlamentar sugere que o Governo do Estado tome decisão contrária à reabertura das escolas com aulas presenciais nesse momento, diante da falta de garantias (comprovação) de que não haja risco da volta contaminação e aumento de óbitos. “Entendo que ainda não há garantias de não existência de riscos. E, que mesmos essas medidas preventivas, por mim propostas, não deverão evitar a contaminação em ambiente com aglomeração de pessoas. Por isso, sou contra a retomada nesse momento. Não podemos especular com vidas humanas”.
Feiras e supermercados
O parlamentar cobrou ainda a necessidade de a Prefeitura de Manaus e dos municípios do Estado, intensificarem a fiscalização sanitária em estabelecimentos comerciais públicos e privados para assegurar critérios de segurança e coibir a contaminação pelo coronavírus. Com este propósito apresentou proposta, na forma de requerimento, para que seja encaminhada indicação à Prefeitura de Manaus e Secretaria Municipal de Feiras, Mercados, Produção e Abastecimento (Sempab), para que sejam tomadas providências necessárias à fiscalização nas feiras como medidas de controle, prevenção e combate à pandemia de Covid-19.
A proposta objetiva o fortalecimento à saúde da população do município de Manaus em razão da calamidade pública estadual em decorrência da pandemia de covid-19, solicitando que seja tomando as providências necessárias objetivando a fiscalização nas feiras de Manaus em operação envolvendo a Sempab em parceria com a Polícia Militar (PM) como medidas de enfrentamento do coronavírus.
“A preocupação decorre do risco de contágio da doença na alimentação, visto a aglomeração de pessoas que ocorre na hora das compras, muitas pessoas sem máscaras, o não cumprimento do distanciamento social mínimo orientado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e a falta de opções de higienização para usuários e feirantes. Portanto, a fiscalização nesses ambientes é de suma importância, como também que sejam disponibilizados álcool gel e locais para lavagem das mãos com o intuito de combater o novo coronavírus e a propagação nas feiras”, propõe.
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