As ações fazem parte do programa de Busca Ativa do Escolar, desenvolvido pela Secretaria de Educação desde de 2020, com o ensino híbrido.
Há 30 minutos
Por Agência Amazonas
Escola Estadual Cônego Azevedo reduziu taxa de alunos em possível situação de abandono escolar – FOTO: Divulgação/Seduc-AMA Escola Estadual Cônego Azevedo, no Centro de Manaus, realizou, na segunda-feira (20/09), uma solenidade para receber os alunos “resgatados” pela Busca Ativa da unidade de ensino. Ao todo, 11 estudantes do Ensino Fundamental 1 participaram do evento e ganharam fotos no mural da escola, em homenagem pelo retorno.
“É um trabalho extenso e que envolve toda a comunidade escolar, sem dúvidas. Em julho, estávamos com 33 estudantes em possível situação de abandono escolar e, hoje, esse número caiu”, destacou a gestora da unidade, Rose Mary Magalhães de Oliveira.
Em dois meses, a unidade reduziu a 2% a taxa de alunos em possível situação de abandono escolar. Em julho, a Escola Estadual Cônego Azevedo estava com 23% dos estudantes sem acompanhar as aulas, à época ainda na modalidade híbrida. Atualmente, ela conta com 140 alunos participando das atividades presenciais, dos 143 matriculados.
“Neste mês [setembro], percebemos que as ligações não estavam mais surtindo efeito. Então, passamos a visitar as casas desses estudantes. Nossa equipe, assim como a comunidade escolar, foi imparável, e conseguimos ‘resgatar’ muitos alunos”, completou Rose Mary.
Durante os meses de julho e agosto, a equipe da Escola Estadual Cônego Azevedo se utilizou, principalmente, das ligações telefônicas para contatar os pais daqueles alunos faltosos. Em setembro, ela passou a realizar visitas domiciliares, com base nos endereços disponíveis no sistema da unidade.
“Muitos [pais] estavam resistentes por conta do medo de aglomeração, mas mostramos a eles como a nossa unidade é segura e respeita os protocolos sanitários. Os estudantes estão sempre de máscara, usando álcool em gel e obedecendo ao distanciamento social. Além disso, muitas famílias foram afetadas pela cheia e precisaram se mudar, o que dificultou o contato”, explicou.
De acordo com a gestora, o receio pela pandemia da Covid-19 e a cheia foram os principais motivos listados pelos pais para justificar o não retorno dos filhos à escola.
“Tirando aquela barreira linguística inicial, os estudantes estrangeiros se adaptaram muito bem ao português e, por conta dos pais trabalharem na região central de Manaus, eles dificilmente faltam às aulas. A ausência maior foi, realmente, dos brasileiros”, finalizou a gestora.
Estrangeiros
Dos 143 alunos matriculados na Escola Estadual Cônego Azevedo, 20 são venezuelanos e um, cubano. Segundo Rose Mary, os estrangeiros mostraram, durante a transição do ensino híbrido às aulas 100% presenciais, uma adesão muito grande aos estudos.