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Limitações físicas, cognitivas ou o uso de medicamentos contribuem para as quedas


Os pacientes idosos são os principais acometidos por quedas em ambientes hospitalares, por conta das limitações físicas, cognitivas ou o uso de medicamentos. É o que alerta a Fundação Centro de Controle de Oncologia do Estado do Amazonas (FCecon), órgão vinculado à Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM), neste mês de junho – data de mobilização de prevenção às quedas.
Conforme o diretor-presidente da Fundação Cecon, Gerson Mourão, a segurança contra quedas está entre as seis metas internacionais de segurança do paciente. Segundo ele, a Organização Mundial de Saúde (OMS) instituiu o dia 24 de junho como o Dia Mundial de Prevenção de Quedas, quando são reforçadas as ações de cuidado e segurança no ambiente hospitalar contra as quedas.
“Trata-se de um problema que afeta todas as idades, especialmente os idosos. As quedas em hospitais representam riscos à integridade física dos pacientes e podem levar a complicações clínicas, prolongamento da internação, e em casos mais graves, até ao óbito. Consequentemente, contribui para o aumento dos custos hospitalares”, alerta Mourão.
Grupo de risco
A coordenadora do Núcleo de Segurança do Paciente (NSP/FCecon), Andréa Marques, explicou que em hospitais oncológicos os pacientes ficam fragilizados pelos efeitos da quimioterapia, pela fraqueza muscular ou por alterações neurológicas. Ela alertou que essas pessoas compõem o grupo de maior risco.
“O paciente muitas vezes já chega debilitado pela doença. O risco aumenta com o uso de analgésicos potentes, sedativos que podem causar episódios de desorientação. Por isso, é importante que os acompanhantes e pacientes sigam as instruções repassadas pelos profissionais de saúde, como usar sapatos adequados, cuidado ao levantar do leito e ir ao banheiro sempre acompanhado”, orientou Marques.
Tipos de quedas
Segundo Marques, no ambiente hospitalar, as quedas podem ser classificadas em quatro tipos: fisiológicas esperadas, fisiológicas não esperadas, acidentais e intencionais. Ela explicou que a primeira se trata de quedas relacionadas ao estado clínico do paciente, como tontura ou hipertensão.
As quedas fisiológicas não esperadas, explicou Marques, são as causadas por eventos súbitos como Acidente Vascular Cerebral (AVC) ou convulsão. Ela frisou que as quedas acidentais ocorrem por fatores ambientais, como piso molhado, obstáculos, má iluminação ou falta de barras de apoio.
Por último, ela destacou que as quedas intencionais estão associadas a pacientes em sofrimento psíquico ou tentativas de fuga. “A FCecon promove ações contínuas e sistematizadas ao longo do ano para a prevenção desses quatro tipos de quedas, alinhadas às metas internacionais de segurança do paciente”, afirmou.
Ações internas
O NSP/FCecon realiza avaliações de risco de queda no momento da admissão através da escala de Morse e durante toda a internação, a identificação visual dos pacientes com risco aumentado (sinalizações nos leitos), a adaptação do ambiente por meio da instalação de barras de apoio nos banheiros, sinalização adequada, organização do leito e avaliação de iluminação eficiente, dentre outros.