26 de Agosto de 2019 às 12h21
Procuradora Regional Eleitoral Cibele Benevides participa da I Roda de Mulheres, no TRE/RN
Na última sexta-feira (23), o Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Norte (TRE/RN) sediou a I Roda de Mulheres. Iniciativa da Comissão de Participação Feminina da Corte, o encontro contou com a presença de profissionais femininas do Direito para discutir o tema “Mulheres no Cenário Jurídico Potiguar: Desafios do Mundo Contemporâneo”. A ideia partiu de orientação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que pretende discutir a questão de gênero no Judiciário brasileiro.
A procuradora regional Eleitoral, Cibele Benevides Guedes da Fonseca, representou o Ministério Público. Também participaram a desembargadora Zeneide Bezerra (TJRN), as juízas Adriana Magalhães (TRE-RN) e Simone Jalil (TRT21) e as servidoras Lígia Limeira (TRE-RN) e Ubetânia Monteiro (JFRN). A mediadora foi a Diretora-Geral do TRE, Simone Mello.
A procuradora apresentou dados do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) sobre a presença de mulheres nos MPs. “No MPF, somos apenas 29%. Diferentemente do MPT, por exemplo, que já tem uma divisão de quase 50%-50%, ou do MPRN, que é formado 40% por homens e 60% por mulheres”, destacou. Ela citou a meta da ONU Mulheres “Brasil 50-50 2030”, que pretende atingir a igualdade na ocupação de cargos, já que elas são mais da metade da população brasileira e metade do eleitorado nacional.
As juízas Adriana Magalhães e Simone Jalil abordaram a dificuldade de as mulheres ascenderem aos tribunais, mostrando que há um funil muitas vezes cultural que as impede de exercer cargos de gestão e comando. Para Jalil, “a mulher entrou no mercado de trabalho, mas o homem não fez o caminho inverso, não entrou na casa”.
É o que confirma pesquisa do IBGE trazida por Cibele Benevides, ao apontar que, no Nordeste, 80% do trabalho doméstico continua com a mulher. “Homens e mulheres são de fato igualmente capazes de alçar todos os cargos e funções, mas questões culturais dificultam isso. É difícil lutar por cargos importantes se você está exaurida com trabalho, casa, filhos, marido, isso sem fazer recortes mais profundos que possam revelar as dificuldades de mulheres afrodescendentes, de baixa renda ou autodeclaradas LGBT”, ressaltou a procuradora. “A solução está no que a desembargadora Zeneide Bezerra falou tão bem: na educação.”
O evento contou ainda com café da manhã, cordelista e banda musical de servidores do TRE/RN. As participantes foram homenageadas com orquídeas.
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