Reunião da Comissão de Saúde (04/9)
LETÍCIA GOMES
DA REDAÇÃO
Moradores dos distritos de Perus e Anhanguera, na zona norte de São Paulo, e representantes do Fórum de Saúde dos Trabalhadores participaram da reunião da Comissão de Saúde, Promoção Social, Trabalho e Mulher, nesta quarta-feira (4/09).
Eles vieram à Câmara em busca de apoio para que a Secretária Municipal de Saúde mantenha a AMA (Assistência Médica Ambulatorial) da região sob gestão da SPDM (Associação Paulistana para o Desenvolvimento da Medicina). Recentemente, a SPDM elaborou documento solicitando o término do contrato, alegando motivos administrativos.
Desde então o departamento jurídico da Secretaria Municipal de Saúde, sob o comando do secretário municipal, Edson Aparecido, tem analisado a elaboração de um novo chamamento para que outras OS (Organizações Sociais) possam participar do edital para substituição da SPDM local.
Os moradores temem a interrupção do atendimento. “Nós temos uma AMA [Assistência Médica Ambulatorial] que faz mais atendimentos do que qualquer outro hospital da região. E de repente não tem mais, do dia para a noite, a SPDM não quer mais o território [de Perus e Anhanguera]”, disse uma das moradoras presentes.
Valdomiro Marques, representante do Fórum de Saúde dos Trabalhadores, reivindicou a permanência da OS no local, até o término do contrato, pois a interrupção “comprometerá totalmente o atendimento”.
Para os vereadores integrantes do colegiado, faltam esclarecimentos da Secretaria Municipal de Saúde sobre a atual mudança. Em reunião, foi encaminhado através da vereadora Juliana Cardoso (PT) requerimento para a realização de reunião no bairro com os moradores, membros da comissão e o secretário da pasta. O objetivo é entender o motivo pelo qual a SPDM decidiu deixar a gestão. E também saber como será realizado o edital de chamamento para outra OS dar continuidade ao serviço.
Mais Médicos
A comissão também decidiu enviar ofício ao prefeito Bruno Covas (PSDB), para que ele dialogue com o Ministério da Saúde sobre a renovação do contrato dos profissionais cadastrados no programa federal Mais Médicos. Trata-se de um acordo de cooperação entre o ministério e a prefeitura, previsto para ser encerrado no dia 15 de setembro.
Segundo o vereador Gilberto Natalini (PV), é “extremamente importante” para cidade de São Paulo a renovação. “Caso o contrato não seja renovado, a cidade pode perder cerca de 50 médicos atuantes nas áreas mais extremas da periferia”, afirmou Natalini.
A reunião foi presidida pela vereadora Patrícia Bezerra (PSDB).